É uma enfermidade provocada por um parasita (Leishmania), que invade os órgãos dos cachorros provocando lesões consideráveis, até provocar a morte do animal. A sintomatolgia é muito variada, mas deve-se destacar lesões na pele, nas articulações e, quando a doença está muito avançada, problemas renais. O parasita é transmitido através da picada do mosquito flebotomo ou por um mosquito chamado pito.
A diferença destes mosquitos aos que estamos acostumados a ver é que o flebotomo é bem menor. Não é fácil de vê-lo e tampouco ouvi-lo. Apenas as fêmeas picam, pois necessitam de sangue para desenvolver os ovos. O pito, por outro lado, só se prolifera na Bacia Amazônica.
O Ministério da Saúde do Brasil gerencia o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral Canina, visando, entre outras ações, o diagnóstico sorológico dos cães positivos para Calazar e sua posterior eutanásia, vez que ainda não existe tratamento para a doença no animal.
Atualmente são utilizados dois métodos diagnósticos sorológicos, a Imunofluorescência Indireta (RIFI) e o Ensaio Imunoenzimático, também conhecido como Teste ELISA. Ambos se baseiam na busca de anticorpos anti Leishmania em soros de cães. O ministério recomenda a triagem com o método ELISA e a confirmação com a RIFI a um título de 1/80. São aceitos os resultados executados com Kits diagnósticos fabricados pela Fundação OswaldoCruz/Biomanguinhos, distribuidor oficial do Ministério.
Os testes sorológicos têm a vantagem de serem rápidos e baratos, podendo diagnosticar e retirar o cão positivo do convívio humano em pouco tempo, o que não é possível utilizando os métodos parasitológicos como punção ou cultura de medula óssea, métodos mais específicos, porém mais caros e demorados, além de inviáveis para colher material a campo por agentes de saúde.
Diagnostico sorologico de calazar canino
Têm-se tentado o tratamento canino em várias partes do Brasil, mas sem sucesso. O Ministério da Saúde proíbe o uso do Glucantime (medicamente de primeira escolha para o tratamento humano) em cães através de portaria ministerial, bem como o tratamento canino com qualquer medicamento não aprovado por ele. O conselho Federal de Medicina Veterinária apurará denúncias de tratamento canino realizada por Médicos Veterinários, aplicando a esses as devidas sanções.
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